Embora ainda haja menos mulheres do que homens trabalhando em carreiras de TI, elas sempre estiveram presentes revolucionando a área. Para nos encher de orgulho neste dia 8 de março preparamos uma lista com 8 mulheres que revolucionaram a tecnologia:
Ada Lovelace (1815-1852)
A primeira programadora do mundo
Augusta Ada King-Noel, condessa de Lovelace, era uma matemática e escritora inglesa, conhecida principalmente por seu trabalho na máquina analítica, proposta por Charles Babbage que serviu como precursora do computador moderno.
Lovelace, foi contratada por Babbage para traduzir um artigo sobre sua máquina escrito pelo engenheiro italiano Luigi Menabrea. Além da tradução, a cientista escreveu diversas notas sobre a máquina.
A nota em que ela descreveu um algoritmo que computava os números de Bernoulli ficou conhecida como o primeiro programa de computador da história.
Por limitações de engenharia da época a máquina não foi construída e o algoritmo não pode sair do papel. No entanto, alguns anos após a sua morte a nota foi validada.
Embora tenha ganhado pouco reconhecimento público durante sua vida, Ada Lovelace agora é reconhecida como a primeira programadora do mundo.
Grace Hopper (1906 – 1992)
A pioneira do software
Assim como Ada Lovelace, Grace Hopper foi uma das pioneiras na programação de computadores. Antes de sua morte, em 1992, Hopper conciliava a carreira de cientista da computação com a de tenente do serviço naval.
Entre seus feitos estão a criação da linguagem COBOL – que até hoje é utilizada por bancos – e a participação na construção do Mark I – um computador projetado pela IBM e Universidade de Harvard para a marinha dos Estados Unidos.
Grace Hopper, tinha como constante a mudança: “Os seres humanos são alérgicos a mudanças”, disse ela uma vez. “Eles adoram dizer: Sempre fizemos dessa maneira. Eu tento lutar contra isso. É por isso que tenho um relógio na parede que funciona no sentido anti-horário.
Também integrou a equipe envolvida na criação do UNIVAC, o primeiro computador comercial do mundo. A ela é atribuído a autoria do termo “bug”.
Hedy Lamarr (1914 – 2000)
A estrela de Hollywood que mudou a forma como nos comunicamos
Hedy Lamarr é mais conhecida como uma superestrela de Hollywood por filmes como Boom Town (1940), White Cargo (1942), e Tortilla Flat (1942).
No entanto, fora das telas, Lamarr se dedicava a outras paixões: ciência e invenção. Ela foi a criadora do sistema de comunicação que mais tarde se tornaria a base do WiFi, GPS e Bluetooth.
Apesar de sua criação ter ajudado os Aliados a vencerem a Segunda Guerra mundial – a tecnologia tinha como premissa usar diferentes frequências para guiar mísseis subaquáticos e torná-los indetectáveis – Lamarr e sua família nunca viram um centavo da patente dessa tecnologia.
Elizabeth Feinler (1931 – )
A criadora do .com
Gerenciou as redes precursoras da internet a ARPANET e a rede de dados de defesa (DDN) do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Junto com seus colegas do InterNIC (Network Information Center) organização ao qual era pesquisadora principal criou o sistema de URLs que usamos (.com, .edu, .org). Nesta organização também pesquisou e gerenciou partes do primeiro sistema de auditoria e cobrança da Internet para o Departamento de Defesa.
Karen Sparck Jones (1935 – 2007)
A mulher que transformou os sistemas de busca
Reconhecida por seu trabalho acerca de mecanismos de busca, foi a pioneira no desenvolvimento de um método de recuperação de dados capaz de analisar o contexto de uma pesquisa. A partir do cruzamento dos termos que mais aparecem com um sistema de filtro, tornou possível identificar a relevância dos temas para a busca (frequência inversa do termo).
Seus estudos desenvolvidos na Universidade de Cambridge são a base para ferramentas como o Google.
Radia Perlman (1951 – )
A “mãe” da internet
A Dra. Radia Perlman é uma cientista da computação conhecida por alguns como “a mãe da Internet”. Não poderia ser menos, já que ela criou o algoritmo por trás do protocolo STP (Spanning Tree Protocol).
Apesar do algoritmo original de Perlman ter sido atualizado e substituído, a ideia fundamental por trás dele continua a mesma e ainda sustenta grande parte da Internet e da ciência relacionada às redes.
Susan Kare (1954 – )
A designer que mudou a percepção da experiência do usuário
Se você é fã da Apple e não conhece Susan Kare, há algo errado. Foram as habilidades de design gráfico de Kare que definiram a experiência do usuário da Apple por muitos anos.
Ela assina vários ícones, tipografias e elementos gráficos lendários como o símbolo da tecla command (⌘), o ícone de bomba exibido em falhas do sistema Macintosh, o pincel e o mascote surrealista da empresa – Clarus o “cachorro-vaca”.
Após deixar a Apple, Susan fundou sua própria empresa que tem em sua carteira de clientes gigantes como Intel, IBM, Motorola, Sony Pictures, Microsoft e Facebook.
Não para por aí, ela é diretora de criação do Pinterest, tem produções expostas no museu de Arte Moderna de San Francisco e no museu de História e ciência do Novo México.
Por tudo isso, recebeu uma medalha do Instituto americano de Artes Gráficas (American Institute of Graphic Arts, o AIGA).
Mitchell Baker (1959 – )
A defensora do código aberto
Cofundadora do projeto Mozilla e presidente da fundação Mozilla, Mitchell Baker iniciou sua jornada a favor do software de código aberto em 1998 quando criou a licença Open Source da Netscape.
O crescente uso do Firefox – o navegador gratuito e aberto da Mozilla – provou que a web não deveria pertencer a uma empresa ou a um sistema.
Baker tem sido amplamente reconhecida por seu trabalho em defesa do software de código aberto. Em 2005, a revista Time a nomeou uma das 100 pessoas mais influentes. Ela também foi incluída no Hall da Fama da Internet Society.
As mulheres na área de Tecnologia
Os dados da UNESCO revelam que menos de um terço das mulheres trabalham em pesquisa e desenvolvimento cientifico.
No mundo
Representam apenas 17,5% da força de trabalho de tecnologia (Honepot, 2018)
Ocupam 5% dos cargos de liderança (PwC, 2017)
Países do G20
Produzem apenas 7% das patentes (OCDE, 2018)
Apenas 3% estão recebendo diplomas de TIC (UNESCO, 2017)