Cabeamento metálico x óptico x RF – Comparativo

A tecnologia está mudando a forma das pessoas se relacionarem com os outros e com o mundo. Cada vez mais pessoas estão conectadas, trocando informações e experiências.

A internet não é mais somente um fornecedor de informações. As pessoas agora geram seus conteúdos, interagem pela rede, fazem armazenamento e mantem sistemas de forma remota (cloud computing).

As empresas contam com a rede para melhorar suas experiências. Realizam reuniões online e estão em contato direto e em tempo real com clientes e fornecedores de todos os lugares do mundo.

As redes reduzem as distâncias, integram locais e aproximam pessoas. Para suportar essa nova era tecnológica, as redes devem ser construídas de maneira a suportar cada vez mais tráfego, de maneira mais econômica e eficiente.
Existem várias tecnologias e a sua comparação deve ser feita de forma cautelosa, pois cada solução tem sua particularidade e deve ser escolhida de forma a atender corretamente cada ambiente.

O cabeamento metálico é o tipo de cabo de rede mais utilizado atualmente. Utilizado principalmente em telecomunicações é considerado como o cabo de cobre com altíssima taxa de velocidade. Por ser sensível a interferências oriundas de radiofrequência (RFI) e a ondas eletromagnéticas, como as micro-ondas, é muito mais propenso a sofrer com ruídos eletrônicos e interferências do que os outros tipos de cabo. Por este motivo, este cabeamento não deve ficar próximo a emissores de micro-ondas e reatores de lâmpadas fluorescentes. Além disso, a distância máxima de cabo entre equipamentos ativos é mais curta neste tipo de cabo, se compararmos com a fibra ótica e rádio frequência (RF), o que faz que ele seja menos eficiente para transmitir sinais através de longas distâncias.

Se o maior problema do cabeamento metálico é a limitação de distância e interferência, a fibra óptica poder ser a solução, pois, os seus lances podem ser maiores, além de trabalhar com uma maior taxa de transmissão de velocidade e possuir ausência de interferências eletromagnéticas.

A transmissão via fibra óptica oferece virtualmente largura de banda ilimitada, e é amplamente considerada como uma possível solução para fornecer acesso de banda larga à primeira milha, onde se encontra o principal gargalo provocado pelo envio de serviços de alta velocidade. Não obstante, precisa-se uma nova infraestrutura de rede para suportar as novas aplicações que vão surgindo e para as que se preveem no futuro.

Esta infraestrutura deverá permitir primeiramente mais largura de banda, rápido fornecimento de serviços, e garantias de QoS (qualidade de serviço) a um custo efetivo e de maneira eficiente. São cabos com custo mais alto, e com certa dificuldade de manuseio. Entretanto, seu uso vem se disseminando cada vez mais, com a necessidade cada vez maior de velocidades mais altas. Seu custo também diminui dia após dia, e a matéria-prima para a construção do cabo é abundante.

Já as redes sem fio ou rádio frequência surgiram como redes complementares às redes cabeadas, com o intuito de promover a mobilidade e a visualização rápida dos dados independente da localização do usuário, tendo os dados transmitidos pelo ar ou espaço livre, que se constituem como meio físico para propagação de sinais eletromagnéticos, provendo uma interconexão completa, e permitindo uma grande flexibilidade na localização das estações, sendo essa a principal diferença entre as redes sem fio e as redes convencionais.
As redes sem fio possuem o menor custo de implantação dentre as categorias citadas e são representadas pelas tecnologias Wi-Fi (IEEE Standard 802.11) e WiMAX (IEEE Standard 802.16). Alguns dos principais padrões de Wi-Fi utilizados atualmente são:

  • 802.11a, que utiliza frequência de 5 GHz e atinge uma taxa máxima de 54Mbps;
  • E 802.11g, alcança taxas de 54Mbps na frequência de 2.4 GHz. Onde as distâncias podem variar de acordo com os obstáculos.
  • 802.11n, trabalha com taxas de transferências de 65 Mbps a 450 Mbps. – Método de transmissão: MIMO-OFDM – Faixa de frequência: 2,4 GHz e/ou 5 GHz.
  • 802.11ac, opera com taxas nominais maiores que utilizam velocidade de até 1 Gbps, padronizando em 1300Mbps trabalhando na faixa de 5Ghz, como ocorreu com o padrão 802.11n. O 802.11ac ainda não foi padronizado, mas isso não impede que os fabricantes criem aparelhos para trabalhar nesse novo padrão.

 

A implementação desse tipo de rede está se tornando cada vez mais comum, não só nos ambientes domésticos e empresariais, mas também em locais públicos, pois, são fáceis de serem geradas, atravessam paredes, contornam objetos, são refletidas pela atmosfera e percorrem longas distancias. É muito útil quando se quer construir uma rede em regiões onde esticar cabos é coisa complicada, como em uma cidade cheia de prédios, ou dentro de um prédio ou em regiões montanhosas.

A desvantagem é que é preciso uma visada perfeita (sem obstáculos) para uma boa qualidade de trafego, embora fatores como chuva, neblina, serração não influenciam a comunicação via rádio (wifi neste caso é para enlaces de rádio outdoor).

Essas redes não exigem o uso de cabos, já que efetuam a transmissão de dados através de radiofrequência. Esse esquema oferece várias vantagens: permite ao usuário utilizar a rede em qualquer ponto dentro dos limites de alcance da transmissão por não exigir que cada elemento conectado use um cabo, permite a inserção rápida de outros computadores e dispositivos na rede.

Apesar da vantagem econômica apresentada pelas redes sem fio descritas acima, elas não possuem largura de banda suficiente para oferecer suporte a aplicações de vídeo, como HDTV (High Definition Television), já que são ponto-multiponto, ou seja, a taxa é compartilhada por vários usuários, em alguns casos até cerca de centenas deles. Ou seja, como já mencionado, as redes sem fio se constituem em alternativas propícias apenas para aplicações específicas.

Dessa forma o melhor é analisar cada projeto e extrair o melhor de cada tecnologia, pois, toda tecnologia tem seus pontos fortes e pontos fracos. Outro ponto importante que vale ressaltar é que as tecnologias não se substituem, mas se complementam. Ou seja, a Fibra Óptica não é melhor ou pior que a Radio Frequência ou Cabeamento Metálico, elas são tipos diferentes de acessos de comunicação de dados e que devem ser analisadas de acordo com a necessidade e o objetivo do projeto, por exemplo, se o objetivo é alta velocidade interligando locais distantes, passando por várias construções e obstáculos devemos iniciar a análise de uma solução com Cabeamento Óptico.

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