IA nos Data Centers: Os Desafios e Oportunidades do Treinamento de Modelos em Infraestruturas Críticas

A ascensão da Inteligência Artificial (IA) está reformulando profundamente a maneira como os data centers são projetados, operados e expandidos. Mais do que uma tendência tecnológica, a IA representa uma nova exigência de infraestrutura — mais robusta, escalável, eficiente e, sobretudo, preparada para suportar cargas de trabalho intensivas.

Segundo o mais recente relatório do Uptime Institute – AI Training and Infrastructure Survey 2025, a adoção de IA como motor de transformação digital nos data centers não apenas ganhou velocidade, mas também está moldando decisões críticas em termos de energia, arquitetura e estratégia operacional.

Adoção em expansão e consolidação do on-premises

A pesquisa, realizada com 519 proprietários e operadores de data centers ao redor do mundo, revela um cenário em rápida evolução: 30% das organizações já treinam modelos de IA em suas próprias infraestruturas, 46% pretendem iniciar esse processo em breve e apenas 25% afirmam não ter planos para isso.

A maioria dessas operações de treinamento ocorre em ambientes próprios (on-premises), geralmente localizados em regiões centrais. Esse modelo é preferido por 53% das empresas, muito à frente das opções como colocation (24%), nuvem pública (18%) e edge computing (6%). Essa preferência está diretamente ligada a fatores como soberania de dados, controle de segurança e desempenho consistente.

As motivações por trás do modelo on-premises

Ao avaliar as razões que sustentam a escolha por manter a infraestrutura de IA dentro das próprias instalações, o relatório destaca:

  • Soberania dos dados (42%)
  • Acesso a hardware dedicado (como GPUs) (40%)
  • Aproveitamento da infraestrutura existente (38%)

Além disso, os principais objetivos estratégicos citados são a privacidade e segurança (64%), o desempenho operacional (44%) e o acesso direto a dados e aplicações locais (29%).

Esses fatores demonstram que, para muitas empresas, o controle direto da infraestrutura não é apenas uma preferência — é um requisito estratégico.

A pressão invisível: energia

Entre todos os impactos observados com a introdução da IA nos data centers, o aumento da demanda energética é talvez o mais crítico. O estudo aponta que 76% das organizações já perceberam crescimento significativo no consumo de energia em megawatts devido ao treinamento de modelos de IA. Isso exige atenção redobrada na escolha de tecnologias mais eficientes, fontes energéticas alternativas e soluções que combinem alto desempenho com sustentabilidade.

O hardware da nova geração

Outro dado relevante é a especialização da infraestrutura: 67% das empresas já operam com clusters de servidores acelerados por GPU, 41% utilizam GPUs fora de clusters, enquanto apenas 28% ainda trabalham com servidores tradicionais.

Interessantemente, 71% das organizações usam a mesma infraestrutura para treinar e aplicar (inferência) os modelos de IA, o que ajuda a simplificar a arquitetura e a otimizar recursos.

Métricas que guiam decisões

A compreensão do impacto da IA sobre a infraestrutura depende de acompanhar as métricas certas. As principais são:

  • Taxa de adoção do treinamento de IA
  • Localização primária da infraestrutura
  • Motivações para manter o ambiente on-premises
  • Crescimento da demanda energética

Essas variáveis estão no centro das decisões de planejamento para empresas que operam ou projetam ambientes críticos.

Um chamado à inovação: o papel da infraestrutura

Para empresas que constroem ou operam data centers — como a Redes Tecnologia —, os dados do relatório não são apenas estatísticas, mas sinais claros de um novo momento do setor.

Hoje, a IA não é apenas uma carga de trabalho adicional; ela redefine o conceito de infraestrutura crítica. Por isso, soluções como:

  • Plataformas modulares de alta densidade
  • Colocation híbrido
  • Automação e monitoramento inteligente
  • Contratos turn key com foco em escalabilidade e eficiência

tornam-se fundamentais para garantir continuidade e performance diante das novas exigências operacionais.

Preparando-se para o futuro

À medida que a Inteligência Artificial se consolida como parte essencial da estratégia das organizações, o que diferencia quem avança de quem fica para trás é a capacidade de antecipar os impactos técnicos, energéticos e arquitetônicos da transformação digital.

A Redes Tecnologia está preparada para apoiar sua empresa na criação de infraestruturas resilientes, escaláveis e inteligentes, prontas para enfrentar os desafios da nova era dos data centers.

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