Como se não bastasse, a evolução dos nossos eletrônicos para a categoria smart elevou a demanda por armazenamento e processamento para níveis estratosféricos. Alguns gadgets como os smartphones são praticamente “orgãos” fora do nosso corpo, não conseguimos viver sem eles sequer um minuto.
O fato é que esses dispositivos estão gerando dados a todo momento ! Não há volta, os data centers vão crescer exponencialmente em número e capacidade!
Contudo, o dilema continua o mesmo, seja nos pequenos data centers das nossas empresas ou nas grandes “server farms” com milhares de metros. As questões relacionadas às altas quantidades de energia elétrica gastas para resfriar estes ambientes se tornam cada dia mais difíceis de equalizar tendo em vista as estatísticas ascendentes do mercado.
De acordo com a empresa de pesquisa IDC o conteúdo digital aumentará dia após dia dobrando a cada 18 meses, isto é, o consumo de energia continuará a ser um problema à medida que os recursos de energia não renováveis diminuem e os custos da eletricidade aumentam.
Não é por acaso que os grandes players da internet como Google e Facebook têm investido milhões em iniciativas para redução do consumo de energia que vão desde o uso de inteligência artificial para elevar ao máximo o desempenho dos servidores até a construção de data centers em regiões geladas como o norte da Suécia.
Data centers x Eficiência energética
No contexto brasileiro, a situação pode ser atenuada já que a nossa matriz energética, segundo o portal Brasil, é a mais renovável do mundo industrializado com 45,3% de sua produção proveniente de fontes como recursos hídricos, biomassa e etanol. Por outro lado os dados da FIRJAN revelam que somos o sexto país a pagar mais caro para “acender a luz”.
Diante disso, não devemos deixar de lado a preocupação com a eficiência energética e o uso de tecnologias mais limpas nas nossas instalações.
Atitudes simples que muitas vezes são negligenciadas por algumas empresas na hora de projetar um data center podem contribuir (e muito) para a redução do consumo de energia elétrica. Alguns gestores de tecnologia dedicam muita atenção para selecionar os melhores e mais eficientes servidores e equipamentos de TI (não que isso não seja importante) e esquecem da infraestrutura relacionada ao projeto.
Por exemplo, o data center da sua empresa usa ar condicionado de precisão ou ar condicionado conforto para refrigerar o ambiente?
Se a resposta foi ar condicionado conforto, você pode ter um problema. O Ar condicionado conforto foi desenvolvido para aplicações domésticas, seus componentes internos não foram projetados para operar 24 horas por dia e lidar com o calor sensível gerado pelos equipamentos eletrônicos como ar condicionado de precisão.
Quer saber mais sobre a diferença entre ar condicionado de precisão e ar conforto? Clique aqui para ler o nosso artigo
O resultado do uso do sistema de refrigeração inadequado é o desperdício de energia elétrica e aumento do custo de manutenção, reduzindo a eficiência do data center. E este é só um exemplo de muitos erros que fazem a eficiência despencar!
Frente a este cenário os gerentes de tecnologia devem levar essa discussão para a prática de trabalho em suas empresas e assumir o papel de agentes transformadores na transição para uma TI mais eficiente e ambientalmente limpa.
Ainda não se convenceu? Preparamos um infográfico com as informações do site The Best Computer Science Schools e The Guardian que mostram um panorama sobre o tema.