Vivemos na “Era da Informação”, onde as empresas buscam aumentar a produção, expandir suas marcas e conquistar novos clientes. No entanto, muitas vezes, a infraestrutura que sustenta esses processos é negligenciada. Um elemento crucial para o sucesso operacional é uma rede de qualidade, essencial para a troca eficiente de dados.

O Sistema de Cabeamento Estruturado (SCE) surge como a solução ideal, sendo amplamente recomendado para redes de dados, monitoramento, segurança, telefonia e automação predial. Normas internacionais, como TIA 568 e TIA 569, definem os padrões de construção, desempenho e instalação desses sistemas. Estima-se que cerca de 70% dos problemas em redes de computadores derivam da ausência de um SCE eficaz. Apesar de receios relacionados aos custos iniciais, a implementação de um sistema estruturado se revela mais econômica a longo prazo, quando comparada às despesas recorrentes com soluções pontuais e manutenções.

Todo sistema de cabeamento estruturado tem uma maneira de organizar o fluxo de informações e, como os dispositivos estão interligados, provém a transmissão entre os nós e a rede. Essa organização é chamada de topologia. As empresas utilizam a topologia estrela em seu SCE, conforme previsto por norma. Neste tipo de topologia, todos os computadores são interligados a um equipamento central através de um cabo exclusivo. Geralmente, esse equipamento implementa a comunicação entre os computadores de uma forma comutada (switched). Nessa forma, um transmissor envia uma mensagem para um concentrador do tipo switch, que direciona a mensagem até o computador destinatário. Assim, outros pares de computadores também podem transmitir dados simultaneamente, sem afetar a performance da rede.

Na Topologia Estrela, toda informação deve passar por uma estação central inteligente, que conecta cada estação da rede e distribui o tráfego, para que uma estação não receba, indevidamente, dados destinados às outras.

Isso significa que, se houver alguma falha em um dos nós ou se algum computador for retirado, não haverá comprometimento no funcionamento da rede.

Além dos aspectos referentes a topologia, todas as redes obedecem a padrões criados para contribuir com a compatibilização das tecnologias. Esses padrões foram criados por profissionais e empresas de todo mundo com a finalidade de definir as regras, limites e normas para uso das tecnologias, como é o caso da IEEE, ISO, ANSI e outras. A maioria dos SCE’s das empresas utilizam em suas LAN’s o padrão Ethernet definidas pelo IEEE, como o 802.3 que compõe uma família de padrões dentro do grupo 802.

O meio metálico ainda é o mais usado para sistema de cabeamento estruturado, pois tem excelente custo-benefício.

Cabo Metálico – possui características eletromecânicas que afetam o comportamento do cabo na transmissão de dados

A maioria das redes de computadores das grandes empresas, utilizam o cabo de par trançado para estruturar com maior qualidade suas conexões. O cabo de par trançado consiste em um conjunto de dois fios de cobre encapados e enrolados dois a dois de forma helicoidal, para evitar que as ondas de diferentes partes dos fios se cancelem.

Existem diversos tipos de cabeamento estruturado de pares trançados mas, em geral, os utilizados pelas redes de computadores possuem de 4 a 25 pares de 22, 23 ou 24 AWG, que são protegidos por uma capa plástica protetora, na qual os fios são mantidos juntos. Os cabos de categoria mais recentes possuem outros elementos construtivos que tem o objetivo de aumentar o desempenho do cabo no que diz respeito a interferências e à largura de banda, que pode chegar a 1GHz.

AWG é uma escala americana que funciona como unidade de medida usada para padronização de fios e cabos elétricos. Confira nessa tabela algumas relações entre AWG e o diâmetro correspondente.

Interferências

As interferências são fatores que devem ser considerados em um projeto de cabeamento estruturado. Elas são consequências do ambiente, como ruídos que podem ser causados por EMI ou RFI. Elas podem ser provenientes de diferentes fontes como descargas atmosféricas, motores elétricos, equipamentos industriais, transmissores de rádio e até mesmo uma simples lâmpada fluorescente. As principais técnicas utilizadas para evitar essas interferências são a blindagem e o cancelamento.

diafonia (crosstalk) é outro tipo de interferência causada pelo próprio cabo em outro, e entre os próprios pares de um mesmo cabo, e são muito importantes durante o processo de certificação da rede. Caso os valores não estejam em patamares aceitáveis, o sistema de cabeamento estruturado não poderá receber a certificação.

Saiba mais sobre diafonia clicando aqui

A Diafonia foi observada pela primeira vez durante a Segunda Guerra Mundial, devido à grande quantidade de transmissões feitos na época

Tipos de Cabos

Existem diversas propriedades inerentes ao cabo de par metálico, que devem ser medidas por equipamentos do tipo scanner, para garantia de qualidade da rede. Se estes testes estiverem dentro de parâmetros de qualidade normatizados e aceitáveis, a rede receberá a certificação por categorias. A escolha de uma categoria está relacionada à necessidade, aplicação e custo. As entidades norte-americanas ANSI/TIA/EIA classificam os cabos de pares trançados UTP conforme apresentado na tabela abaixo.

Atualmente, algumas categorias de cabos estão sendo menos utilizadas nos sistemas de cabeamento estruturado, como é o caso da Cat.1, Cat.2, Cat.4 e Cat.5. Para redes que compartilham serviços de natureza distintos em um mesmo cabo de pares trançados, as categorias Cat.5e (o “e” vem de “enhanced”) e o cabo Cat.6 são mais recomendados. Já para sistema de cabeamento estruturado de data center, a recomendação é para Cat.6A blindados (“a” de “augmented”, ou ampliado).

Os Cabos de Pares Trançados foram inventados por Alexander Graham Bell no final do século XIX.

Em um cenário onde a informação é a moeda mais valiosa, a qualidade da rede que suporta as operações empresariais torna-se um diferencial crucial. O Sistema de Cabeamento Estruturado (SCE) emerge como a espinha dorsal necessária para a eficiência operacional, garantindo uma conexão confiável em tempos nos quais a troca de dados é vital.

Ao adotar normas internacionais e implementar a topologia estrela, as empresas não apenas asseguram a continuidade das operações, mesmo em face de desafios, mas também se alinham aos padrões globais estabelecidos por organizações como IEEE e ISO. O investimento inicial em um SCE pode parecer significativo, mas a longo prazo, revela-se mais econômico do que lidar com os constantes obstáculos e manutenções que uma rede não estruturada acarreta. A escolha do cabo de par trançado e a consideração cuidadosa das interferências mostram a atenção detalhada que uma empresa dedicada à excelência tecnológica merece. Conforme avançamos na “Era da Informação”, a certificação de um sistema de cabeamento estruturado não é apenas um selo de qualidade, mas uma garantia de que sua empresa está preparada para os desafios e oportunidades do ambiente empresarial contemporâneo.

Em suma, investir no SCE não é apenas uma decisão técnica, mas uma estratégia inteligente para construir uma base sólida que suporte o crescimento, a inovação e a competitividade. Ao fazer isso, sua empresa não apenas se conecta ao presente, mas se prepara de maneira sólida e eficaz para as demandas do futuro digital.

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