Smart City (ou cidade digital) é uma visão de desenvolvimento urbano para integrar várias tecnologias de informação e comunicação (TIC) com a chamada Internet das Coisas de forma segura para gerenciar os ativos de uma cidade. Os ativos da cidade incluem, mas não se limitam a: sistemas de informatizados, escolas, bibliotecas, sistemas de transporte, hospitais, usinas, redes de abastecimento de água, gestão resíduos, aplicação da lei e outros serviços comunitários.
O objetivo principal da construção de uma smart city é de melhorar a qualidade de vida usando a informática e a tecnologia para melhorar a eficiência dos serviços (seja público ou privado) e atender às necessidades dos cidadãos.
A tecnologia da informação e comunicação (TIC) permite que os funcionários das cidades interajam diretamente com a comunidade e a infraestrutura e monitorem o que está acontecendo, como se a cidade está evoluindo e como permitir uma melhor qualidade de vida para a população.
Através do uso de sensores integrados com sistemas de monitoramento em tempo real, os dados são coletados com a ajuda dos cidadãos e dos dispositivos e são processados e analisados. As informações e os conhecimentos recolhidos são essenciais para combater qualquer tipo de ineficiência dos serviços urbanos.
A tecnologia da informação e comunicação (TIC) é usado também para melhorar a qualidade, desempenho e interatividade dos serviços urbanos, para reduzir custos e consumo de recursos a fim de melhorar o contato entre os cidadãos e o governo. As aplicações de smart city são desenvolvidas com o objetivo de melhorar a gestão dos fluxos urbanos e permitindo respostas em tempo real para os desafios. Uma smart city pode, portanto, estar mais preparada para responder aos desafios do que uma cidade com uma relação simples com os seus cidadãos.
Os setores que vêm desenvolvendo tecnologias da smart city incluem serviços governamentais, transporte e gestão do tráfego, energias, hospitais além de gestão de tratamento de água e esgoto.
Devido às grandes mudanças tecnológicas, econômicas e ambientais as cidades têm mostrado um interesse maior em desenvolver smart city, principalmente aqueles que se preocupam com as alterações climáticas e com a reestruturação econômica.
A União Europeia (UE) tem dedicado grandes esforços para definir uma estratégia para alcançar o crescimento urbano “inteligente” para as suas regiões metropolitanas. A UE desenvolveu uma série de programas para a chamada Europe’s Digital Agenda (Agenda Digital da Europa).
Em 2010 a agenda destacou seu foco no reforço da inovação e do investimento em serviços de tecnologia da informação e comunicação com a finalidade de melhorar os serviços públicos prestados e consequentemente a qualidade de vida dos cidadãos. Estimativas da multinacional Arup (Arup Group Limited) é que o mercado global de serviços urbanos inteligentes será de US $ 400 bilhões por ano até 2020. Já têm sido implementadas programa de smart city em Milton Keynes e Southampton na Inglaterra, Amsterdam da Holanda, Barcelona, Madrid na Espanha e Estocolmo na Suécia.
No Brasil também já temos projetos de smart city já iniciados. O Ministério das Comunicações tem um programa chamado “Cidades Digitais que visa modernizar a gestão, ampliar o acesso aos serviços públicos e promover o desenvolvimento dos municípios brasileiros por meio da tecnologia.
As cidades que recebem essa estrutura são selecionadas por meio de edital. Em 2012, o Ministério das Comunicações abriu a primeira seleção para o projeto-piloto, em que 80 municípios foram contemplados. Em 2013, o Cidades Digitais foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, selecionando 262 municípios com população de até 50 mil habitantes.